Expedição Safra Goiás, desenvolvida pela Faeg- Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás e parceiros, percorreu durante os dias 15 a 19 de janeiro, as cinco regiões de Goiás, passando por 80 munícipios, conhecendo a realidade da safra de soja 2023/2024.
O estudo a campo mostrou que a variação da condição climática, com mal distribuição das chuvas, foi a maior responsável pelo não desenvolvimento das plantas. Frente ao cenário a equipe técnica opera com uma taxa de redução após a colheita de soja, entre 15 a 23%. Em 2023, a produção alcançou 65 sacas por hectare, mas com as condições atuais, prevê-se uma variação na produção entre 50 e 55 sacas, resultando em uma perda de 10 a 15 sacas por hectare, especialmente nas plantações precoces que foram as mais afetadas pela seca.
No último ano, a colheita de soja atingiu 17.4 milhões de toneladas. Agora, devido a essa diminuição na produtividade, a estimativa é de 13.8 a 14.2 milhões de toneladas para a safra 2023/24. Isso representa uma redução de até 3 milhões de toneladas.
Seguindo uma escala, o produtor rural é o primeiro a sentir os efeitos do El niño na safra ocasionando a redução de volume processado, das exportações e de arrecadação estadual. “O primeiro prejuízo é para o produtor rural, depois a agroindústria vai deixar de processar esse grão, na sequência o produto vai deixar de ir para a prateleira do supermercado, teremos um número menor nas exportações, além da diminuição da empregabilidade”, listou o presidente da Faeg, José Mário Schreiner.
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