As aeronaves da brigada aérea de incêndios não tem ficado paradas nos últimos tempos. Os focos de incêndio têm se tornado cada vez mais comuns e o trabalho aéreo tem sido uma importante ferramenta para o combate do fogo, tanto que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, INPE, já registrou uma redução, de janeiro a agosto, de 42% dos focos em Rio Verde.
Criada em 2017, a brigada aérea é uma parceria dos produtores rurais, Corpo de Bombeiros, Sindicato Rural de Rio Verde e a empresa Aerotex e surgiu da necessidade dos produtores rurais e da ideia de criar um plantão a fim de monitorar e combater os focos de incêndio com aviões.
Atualmente, três aeronaves ficam de plantão permanente e os produtores rurais dividiram-se por regiões e montaram grupos no WhatsApp a fim de dar agilidade ao trabalho.
Mais de 600 pessoas estão envolvidas e desde então, tem trabalhado em conjunto nos combates, seja com aviões, equipes terrestres e monitoramentos. “Vale ressaltar que o produtor rural não tem interesse algum em colocar fogo na palhada pois isso empobrece o solo, reduz a produtividade, elimina nutrientes fundamentais para qualquer cultura vegetativa, como matéria orgânica, potássio, fósforo e nitrogênio, mata microrganismos que auxiliam no desenvolvimento das plantas, reduz a umidade do solo levando à compactação, polui nascentes e rios e desencadeia um processo erosivo e de degradação do solo”, explica o presidente do Sindicato Rural Luciano Guimarães.
O trabalho realizado pela empresa Aerotex segue até o final se setembro e após esta data, 50% da renda das horas de voo será doada para o ABAS e Escola Dunga. “Primeiramente queríamos parabenizar e agradecer a todos do grupo em nome da Aerotex, principalmente aqueles que se mostraram solidários na ajuda de custo com o combate mesmo não sendo da região afetada, foram diversas sugestões, muito bem-vindas por sinal e que tem contribuído com o trabalho, a ideia é melhorarmos e fortalecermos cada vez mais este projeto”, afirma Beto Textor.